Refazendo Circuito Elétrico: Thomaz Jazz Bass & Strimberg PJ Bass CAB16

    Esses dias meu tio deixou por aqui um baixo modelo Jass Bass feito pela fabricante Thomaz. Ele alegou que o instrumento estava sem funcionar nada na elétrica. Abri a parte elétrica e descobri que haviam fios que se desprenderam de seus terminais. Isso foi ocasionado de fato pelo fato de os potenciômetros estarem muito duros, fazendo com que se use força além do normal pra girá-los. Ao continuar usando os potenciômetros dessa forma cria-se uma folga entre a porca e a rosca deles, fazendo com que eles fiquem folgados, soltos. Daí, quando se gira esses potenciômetros com seus mecanismos duros e travados corre-se facilmente o risco de girar ele em torno de si, fazendo com que se arrebente os fios que ligam eles. E foi exatamente assim que esse baixo deixou de funcionar.
    A melhor forma de se prevenir esse tipo de incidente é lubrificando os potenciômetros. Além de fazer com que eles girem de forma mais suave essa tática também evita que fuligens e sujeiras se acumulem no interior deles causando ruídos ou até mesmo estalos ensurdecedores. No baixo em questão eu soldei de volta nos lugares certos os fios que se desprenderam e ele voltou a funcionar. Aproveitei pra lubrificar os potenciômetros dele que estavam incrivelmente duros e travados. Após a lubrificação ficaram suaves e livres de ruídos.

Foto tirada assim que abri a parte elétrica do Thomaz: repare que há dois fios brancos soltos e fora de seus terminais.

    Por aqui tenho um Strimberg modelo PJ Bass CAB16 (Precision & Jazz Bass, por ter um tipo de captação híbrida dos dois modelos). Na verdade ele pertence a um amigo que não toca há anos e, desde 2015 deixou comigo. Até o momento estou fazendo muito bom uso dele (risos). Esse baixo passou pela mesma situação mencionada anteriormente. Então tive que soldar novamente alguns fios, lubrificar os potenciômetros, etc. Porém um dos potenciômetros não teve como ser reaproveitado e decidi trocar logo todos os três. O processo pode ser visto nas fotos a seguir:

Elétrica ainda original, com os fios já soldados no lugar.

Já removendo os potenciômetros defeituosos.



Potenciômetros novos sendo instalados.



Soldando os primeiros fios e o capacitor do potenciômetros de tonalidade.

Quase lá...

Fiação pronta, porém muito desorganizada...

Organizando a fiação com uso de abraçadeiras de nylon, popularmente conhecidas como "enforca gato", pelo menos por aqui na região.


Aí está: fiação bem organizada, dá um visual caprichado no serviço, além de facilitar na hora de remontar o escudo no instrumento, evitando até que algum fio ou componente se desprenda de seu terminal por conta dos atritos. 

    Feito todo esse processo testei o som, pra ver se estava tudo ok. Em seguida lubrifiquei os potenciômetros novos, afim de já prevenir que eles fiquem duros com o tempo e também pra dar uma amaciada, visto que quando são novos os potenciômetros tendem a ser mais firmes (particularmente prefiro que eles girem de forma mais suave, deslisando facilmente). A lubrificação pode ser feita tanto pelas cavidades do fundo e da parte de baixo quanto por cima. Aqui vou ensinar como fazer por cima, visto que é um pouco arriscado pra um leigo abrir a elétrica do seu instrumento sem o devido conhecimento. Observem no vídeo a seguir:


                    

   Após pingar duas ou três gotas de óleo específico pra máquinas basta girar o potenciômetro algumas vezes e puxar pra cima o pino dele. Isso fará com que ele abra um pouco mais esse espaço permitindo que o óleo escoe pelo mecanismo. Esse procedimento é muito útil, pois lubrifica a peça e previne danos futuros. Pra essa finalidade indico óleo Singer, pois é um óleo de boa procedência, que não atrai ferrugem nem cria crostas de sujeira. Além disso ele é mais "fino" e isso facilita na penetração e escoamento nos espaços minúsculos do potenciômetro.  

Visão geral dos dois baixos após os serviços.


     Abaixo vou deixar alguns vídeos que gravei com o PJ Bass Strimberg CAB16 após realizar os serviços de elétrica nele. Vale salientar que não sou baixista, uso esse baixo apenas pra complementar meus trabalhos musicais de forma básica ,gravando linhas de baixo pra alguns instrumentais de minha autoria ou versões de outras músicas. E às vezes toco como um hobbie, apenas pra me divertir. E como não tenho habilidade com a mão direita pra tocar baixo, então eu prefiro tocar de palheta na maioria da vezes! (risos)








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